terça-feira, 28 de novembro de 2017

Poesia: AVALANCHE





AVALANCHE



Meu bem...

Amor é inverno, é verão,

É primavera, outono,



Amor é vulcão....



É pra quem se perde,

É pra quem se acha,

É pra quem se arrisca



Amor é multidão,

Amor é solidão,

É como estar no palco

Sem saber o próximo ato,

É improvisação



O amor se joga,

Não perde tempo

Não mede esforço...

Melhor sentar na beira do mar

E passar a vida a sonhar

...Se você não quer amar...



Amor é como o rio quando se encontra no mar

Azul, salgado, doce

Sem medo de somar...

Sem medo de amar...



O amor é pra quem é forte,

É pra quem é corajoso,

Se você não tem coragem,

Não vêm,

Se você não é forte,

Não vêm



- Melina Guterres -

#PoesiacomMel #Poesia #Avalanche



Autoria e interpretação: Melina Guterres

Produção: Multiversos

Imagens: Marina Decourt

Preparação: Herberth Vital

Local: Mansão Café com Leite - São Paulo - SP

Ano: junho de 2017

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Vulcania


O vento sopra
Na janela da sala

O rádio toca música velha
na vitrola renovada

A Flor dorme ao lado
das minhas pernas cruzadas

O teclado corre nas veias
e me explora
me expõe
entrega
esquece
silencia
afaga
afoga
e voa com
o vento
que sopra
lá fora..
e dentro..

vulcania

segunda-feira, 26 de junho de 2017

vento norte



Dessa romaria,
uma oração

Nuvens e pedras
nos pés
descalços
desse mundo vasto
a criança
não aprendeu a se vestir
tampouco se proteger
enfrentou tempestades
se recusando a um guarda-chuva
tem o sorriso largo
para a o vento norte
faça chuva,
faça sol
vai sempre sobreviver


quarta-feira, 31 de maio de 2017

Nasce


Resultado de imagem para diario

Nascia no quarto
No velho diário
Nas páginas rosas
O primeiro de criança
A caneta de cor azul
Tinha coração na ponta,
Que batia no pulso feito
Tic-Tac,

Tinha som,
Som de caneta
que toca o papel,
A dúvida era dos "s" e "c"
Aprendia escrever

E de lá pra cá,
a alma só nasceu
em cada rima,
em cada linha,
em cada conclusão,
em cada dúvida,
estranhamento.

Não importa
a cor da alma
A palavra
sempre nasce,

terça-feira, 23 de maio de 2017

De pés descalços

Eis que na calada
Da madruga
Uma voz doce
Um toque gentil
Um anjo alado
Despertou em mim
O que de bom estava guardado
Vi cair velhos cacos
Latarias e ferrugens
Vi o ferro velho
Desmoronar
E por debaixo dele
Pude ver
Só havia luz
Ao sentir
Ao amar sem pensar
Não haviam soldados
Naquela clarera
Não havia guerra
Só desejo, entregas
Sem calos
Sem cadarços amarrados
Sem cobraça, sem fiasco,
Só afeto ali inventado
De tanto "sem"
Um caloroso abraço
Nenhum cofre
Conscientemente
Compraria
A luz que ali se fazia
Nenhuma alma latente
Nenhuma sobrevida
Nehuma aguardente
Nenhum medo
Nehuma fantasia
Estragava o presente
Que acontecia
Gentil
Sem cadarços
Descia
Abria a porta
Eu subia...

De pés descalços

domingo, 21 de maio de 2017

E agora José?



E agora José?
A bateria acabou
O carregador pra fora ficou
A luz não voltou
O povo dormiu
A vela apagou
E agora José?
O tablet estragou
O note pifou
O pc o técnico levou
E agora José?
O que vai ser do face e instagram?
Twitter e Youtube?
Blog, site, linkedin..
E agora José?
Já que a maresia a tudo levou
Vou deixar ela me levar
Cadê o azul do mar que oxalá
Mandou buscar?
Se naquele rio, Ogum com Oxum
Governar
Eu ei de me instalar
Entre as pétalas e as pedras
Do fundo do Amar

sábado, 20 de maio de 2017

Beijo amarrado

E nessa louca vida
Meu caminho cruzou com teu
Num quadro bem pintado e outro devastado
Meu lábio tocou o teu
E a tempestade veio
Feito monumento
Não houve sol que vingasse
Exceto meu desejo
Amarrado ao teu
Feito cão e gato
E arame farpado
Doce ou amargo
Ah..Quem dera outro
Beijo teu

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Alívio

E na calada da noite
No silêncio da madrugada
A garganta arranhada
Pedia alívio

Um carro passa
Um luz se apaga
Outras tantas acendem
O olho fecha
A boca engasga
Ainda tem teia

Um carro passa
O peito geme
O olho chora
A coberta abafa
O calor conforta
Os sem braços

E na rua o lastro
Da saudade
Demolida
Numa feira
Não vivida
Na cena não escrita
Na fantasia que não vinga
E amanhecia

Ela mentia
E ria
Como quem pária
A pátria adormecida

quinta-feira, 9 de março de 2017

A um amigo... Abismos

E vais a passos largos ao fundo do poço de si mesmo, se tiveres sorte poderá ver que nele tem um espelho e reflexo da luz.
E caíras nas mesmas mentiras que já te destes.
E dormirá ao relento com teus sonhos despadaços.
Se te permiteres escutar, talvez a canção possa curá-lo. E com ela virão outras tantas que te elevarão a saída do abismo que te aprofundastes.
E diante do sol te estenderei o braço, te ensinarei a sobrevoar abismos.


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Um cisco



Tem um cisco no olho do retrato
Tem um olhar quadrado
Tem uma louça no quarto errado
Tem grades e limão
Tem chão sem noção
Tem aparador sem rompantes
Tem um véu de veludo
Tem uma verdade negada
Uma dor camuflada



quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Flor de aço

Eu não tinha poesia
Eu via tudo
Fantasia
E do céu de mim mesma
Uma pedra
De aço
Em flor
Capaz de derrubar muros
Com perfumes
Transportar
Montanha de sul a norte
Quem achou que era frágil
Se enganou
A flor de aço
Germinou

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O velho palhaço


E numa velha palavra
Num boteco de esquina
O palhaço catava 
Palavras
De trás do cabelo,
Puxava 
Melodia

Na rima não dita,
Do bilhete não enviado,
Do caderno do menino,
Rabiscava 
Poesia


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

MásCara



Melina Guterres e Tatiane Trindade*

Não há o que me invade
Há o que visto
Máscaras coloridas
Verdes
Sem cor.

Silenciosas ,
Estéricas
Como a maré
Dos meus afetos

A superfície perdi
na música,
no teatro,
na arte
que não
habitou
em mim

Personagens
Infantis,
No tempo,
No ponteiro,

Entre pesos,
Medidas
De ventos
Encontros?


(participação conjunta. *convidada pela autora do blog)


Eu e minha poesia



Sob as Três Marias

Atravessa o tempo
Transborda a alma
Derrama a primavera

Somos muitos e tantos outros,
Somos nós, laços, fitas.
Somos a palavra, a estrada,
e a sina.

Nosso destino,
hoje, agora
A lua é cheia
O dia de Oxum
No palco,
na roda,
no fogo de chão.

Do céu à terra,
Há magia
Transpira a poesia.


(Em uma roda de fogo da Estância Santa Alice)

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Fé?

Entre música
Entre vidas
Entre vinda,
Entre nós,
O tempo
Entre nós,
Desejo

Entre nós,
Anseio

Entre nós...

Soluços, escuros,
Imundos,
Outras velharias

Entre nós,
Verdades, mentiras
Socorros e saídas
Hospitais

Duas almas,
E um terço..

Cadê a nossa fé?

domingo, 21 de agosto de 2016

Serenar

Cabeça de vento
Me carrega para os ares
Do mar onde a brisa é
Mais leve e o pensamento
Mais livre
Sou um polvo
Aprisionado
Na sala quadrada
De uma aula ultrapassada
Meus tentáculos
Quebram as paredes
Nem um tijolo conservador
Restará nessa estrutura
Pequena demais pra mim
Que cresço feito
Um bom roteiro de animação
Corpo de vento
Com maestria
Rege essa sinfonia
Da destruição
Que sejam altas as notas
Pra que não se criem
Novos muros
E numa comunidade
Mais circular
Exista amor de verdade
Não tão teórico
Mas prático
Como a liberdade
E que não se confuda
Com romance
Os apaixonados
Que se alcancem

Eis brisa do mar

Me sereno
Com teu tocar

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Inteira

Foto da autora: Melina Guterres

Cheguei
Inteira
E meia
Dos avessos
E a verso

De cabelo longo
Saia
E bota com esporas

De braços abertos
Escudo,
Chama,
Lança,
Espada
De passo pesado
Raízes do tempo...

Mulher fêmea
Mulher macho
Não importa a vestimenta
Guerreira!

E se te meto medo?
É por que estou inteira
Na colheita, colhi meus pedaços

Nem mais um passo
Bicho do mato
Teu cavalo,
Domei na trincheira

Naquela guerra... dos farrapos

terça-feira, 19 de julho de 2016

Águias

E numa luz
Da meia-noite
E num estado ruim
E na mesma rua
Do velho passado
E na hora que insiste
Que o ponteiro não gire,
Não mude, não grite
Arranca-lhe
O tempo
É ele se dissolve em mar
Num breve segundo de amar
Sal e bolhas
Que cicatrizam
Dores ao ventos
Que se recolham
Feito
Hora de dormir
E amanheça

Dignas de novos tempos
Águias

quinta-feira, 14 de julho de 2016

SEM SENTIDO


Era montanha
Era russa
Não era, é
Revolução
Uma doida varrida
Na multidão tão
Careta e carente
E despertou
Em tempo
De tocar
A alma
Cantou
Compôs
Inovou
O berço
E nasceu
Em dó maior
Lançou-se
Ao destino
De passos curtos
E pesados
Que nem o vento
Leva
Fez dos pés
Sua casa
Seu telhado
Seu porto seguro
Era em cada passo
Curto ou largo
Duro ou frouxo
Sincero como uma torta na cara
Que fez seu trilho
Voou feito trem
Que não há nesse mundo
E não era uma,
Era ventania
Na bagagem
Folhas de todas
estações

De sul a norte
Terras
Culturas
De tanto ver
De tanto sentir
Empurrou
O mundo que conhecera
Pra um João sem ninguém
Enterrou fantasias
de menina
Com flores em lápide
de vestido preto e curto
Vestiu o luto e morreu
Pra renascer

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Andorar


Tenho uma aventura
amarrada no cadarço
do meu salto alto
Pedras não suportam
o peso de mi alma
viram areia e amaciam
o andar
Pelo trilhos
voo com o trem
e levito como
o mendigo que de tudo se desfez
Pareço torta,
levo o velho rock na escuta,
toco minha gaita de boca imaginária
escrevo sobre doentes a duendes
tenho um lado escravo
um passado de luta e preguiça
tenho uma meia carteira
cartas a serem enviadas
personagens a escrever
histórias a contar e outras a criar
tenho um saco do tamanho da minha gaveta
e um cigarro de palha para não esquecer
que o campo é meu vizinho
a terra fria e seu inverno aquecido
a la lenha e chimarrão
tenho o voo da borboleta
em mãos
e desenho o mapa
de mi vida com
tinta óleo
crio cores e ventos
sou reflexo, espelhos
um balaio de fantasia
jogo pimenta
faço alquimia
saio livre
e parto do passado para o presente
com o voar das andorinhas...

domingo, 19 de junho de 2016

Escudos

Sem nome
sem trégua
sem romance
sem luz
sem amor
sem dor
sem nada
sem tudo
sem pouco
sem água
sem rosto
sem estrelas
sem lua
sem sol
só nuvens
só rosto estranhos
só amor de tropeços
sem zelo
sem cuidado
ao avessos
entre cortes
entre fortes
entre muros
espadas
escudos
Logo após a muralha,
o coração

A fenda


Recolhi velhos poemas
Resgatei camisetas velhas
Vesti uma toga
Segurei um canudo
Nele dizia "emoção"

E num velho túnel sem luz
Incendiei o meu orgulho
Assim via o caminho
Sem lentes ou outras
percepções de isqueiros
de terceiros.

Numa curva derrubei meu lenço
deixei para trás
doeu como quem se despende
do velho berço
E numa criança
sua boneca
o retrato do avesso
a velha à espera
o vento
a vida que passa
sem tropeços
só em finda
velocidade do tempo





segunda-feira, 4 de abril de 2016

Manter a canção

E
Num súbito olhar
Engolia o mundo
Desafinava o tom
Andava
Com a mão no peito
Esquerda a de sempre
Sem realengos
Se perderam os outros
Que tentaram fazer "direito"
E na curva sempre igual
Desviaram percussos
Não mantiveram a mão do lado esquerdo
Exceto no espelho
Igual a tantos que perderam o sonho,
Roubando a si mesmo
Não são infiéis,
Não sabem da fé...
Imitam para cristão vê,
Sem saber que "Deus" que é.

Sudeste
Mas em outras curvas,
A rua,
E na quase esquina,
A batida de pé,
Cabelos brancos,
Um compasso maior
Uma curva musical
Uma esfera familiar
E a fidelidade
O tempo passava, amigos partiam
Ele em missão, pedia silêncio
A canção era pra ser ouvida.
Em seu bar, músicos e frequentadores vibravam na canção.

Outro dia, outro ser,
Sua begala, o tempo.
Sua fala, sua paixão, 
Quem entregou o corpo a nação, contava à multidão, a canção.

Um livro derramado
Em mil braços,
Poetas e escritores tornavam bela a canção.

Do sopro do charuto,
a inspiração, entre películas
Produtores e cineastas
Mostravam a canção,

E o humor parecia sério, 
O sorriso por um acorde,
Humoristas satirizavam a falta da canção.

A máscara caia no teatro
De quem o torna solo sagrado.
E nas redes, em teias,
E numa voz que se alimenta,
Atores, diretores encenavam a canção.

Entre arte e religiosidade,  
no suor do povo escravo,
Denunciava ela a
Discriminação à canção 

Centro-oeste
Olhos verdes,
De alma vermelha,
Vivendo numa aldeia,
Lutando pela sobrevivência alheia,
Branco e índio
Cantavam a canção. 

Sul
Uniforme branco,
Liderando
Aos de 90 anos,
A umbandista,
Mantinha a canção 

Nordeste
Sua vaidade era pequena,
Seus cabelos longos,
Sua Igreja de pé, seu passado, aprendizado,
A pastora orava a canção.

Norte
E com a vida nos braços,
O descontamento em laço,
Esbravejava aos homens,  às mulheres da canção

Exterior
E ele do outro lado do mundo, 
Lutava contra própria ilusão,  
Dizia sempre "gratidão" zelando a canção.


Dentro e agora
Pulsa!
Sem partido e ilusões,
de tanto ouvir,
Aprendeu a sentir 
A canção 
Casou de eterno
Com os sábias 

E ela que engolia tudo que via,
recolhia histórias, 
Abrigava o estranho,
Velho e o novo,
Passado, presente, futuro
Contava moedas
Pegava o metrô, 
E no centro gritava:
Democracia
PARA Jamais esquecer da canção


P.S: Inspirado em pessoas reais


sexta-feira, 4 de março de 2016

Areias..

E tu que te jogaste pela janela com Frank Sinatra
E tu que venceu o ego e mordeu o cão da raiva
E tu que manteve a calma
E tu que ensaiaste
E tu que caiu de paraquedas
E tu que abriu asas
E tu que saiu do jogo
E tu que levou o fora,
Acordou?

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Poema do amanhã


O poema do amanhã
Nasceu no ontem
Na palavra que tomou cachaça
No suco que não prestou
No vomito à cabeceira

Nas horas não vistas
Nos olhares que se cruzaram pouco,
Na mão machucada,
No corpo, na alça, nos pés ao ar
Na tentativa de ir e não ir...

No relógio que parou
O tempo
Na formatura
Dos “desformados”
O poema do amanhã
Nasceu no ontem

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Selar a paz

Selar a paz ou a loucura? 
Assinar no corpo e na alma
Um atestado de mente insana
Daquelas que amam demais
Além vidas
Do abraço Shiva
Dos mil braços
Poucos entenderiam
Se sacrificariam
Outros tantos
Com mentes tão insanas quanto
Já é natureza
Meus pés um rio
Nadam Ao céu
Terra e Ar
Cata-ventos
Mar Amar
Insano



terça-feira, 1 de setembro de 2015

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Fuga

E o silêncio
Ensurdecedor
E a palavra não dita
E a mágoa passada
E a solidão optada
E a ventania
O sopro, o choro,
A barca
E o muro
Divide águas
O rosto
Sem gosto
Sufoco
Oco
Fuga
Carne
Osso
E mágoas
Águas
Engarrafadas
Sem tampas
Para luz
Tocar
E o fogo
Apagar
A idade a pesar
A dúvida aquietar
O pano a soltar
Há paz
Há guerrear
Equilibrar
O medo
E o desgosto
De andar

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Poema de Domingo


20h10
Nasce o nome
Chove chuva
Águas que vão
No reflexo do espelho
Tempos
Anos ou meses
Chuva memórias
Casamentos
Dias noites
Lágrimas
De alegria e dor
Quem nasce da lua
Tem outra forma de encarar o amor
Telespectador

20:13
Telespectador
Telescópio
Memórias de infância
Queria ver a lua
Queria ver estrelas
Lua cheia
Tela cheia
Engolia o olhar
Barriga cheia
Comia a lua
Para sempre
Lembrar

20:15
Lembrar
Nostálgico
Meu nome
Sépia?
Fugaz
Relampaia
A noite
Flashbacks
Espasmos
Cansaço
Lembrar
Cansa
A alma
Lama
Encosta
No travesseiro
Travessias

20:19
Travessias
Capacidade de superar
Mudar
Transformar
Jogar a lataria fora
Minerar
Alquimias
Tudo menos ferro
Ferro dói
Ouro reluz
Prata talvez
Bronze imitação do outro
Diamante
Cristais
Pedras..
Preciso é de ar
Ar que transborda

20:21
Transborda
Uma pausa para levantar
Limpar as partes
Abrir a porta
Sentar
Dialogar
Escrever quem sabe
Andar
Pausa!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Encaixoterrar*


Poesia de boca
deixa rouca
silencia
alma que grita
volumosas paredes
esquadros
outras artes
cores
nobre fantasia
Em esferas
sem esperas
traços
sem ruínas
escadas
Sem certezas
formas
sem réguas
redondas
magra
fome
sede
Caixões
enterros
mortos
levantar..
andar...

*Encaixoterrar: (criada pela autora)
encaixotar
enterrar
terra
Ar!
RespirAR


sábado, 6 de junho de 2015

OUTONOU-SE



E a alegria
Fez um voto de silêncio
Calou-se
Diante do templo
Recolheu-se
Escondeu-se
Dentro de si
Sem mais espelhos
Transformou-se
Sem interferências
Tocou-se
Acariciou
Própria face
Sentiu o sorriso
Triste
O silêncio
Profundo
Que desconhecia
Ouviu a própria voz
E ela era muda
Assumiu a surdez
Brindou o fim dos tempos
Sobrevoou invernos, infernos
Eras, ervas, perfumes, primaveras
E outros verões
Sua alma, outono.
Caiam folhas,
Máscaras,
Rosnou
Riu,
Não era alegria,
Era a beleza mais pura,
Era ela,
Sem adjetivos do nunca


Recitando

Sem ponteiros


Não sei se é a poesia que saí pela boca, ou a crítica. Se a vida é um conto ou argumento. Se tem sentido horário ou anti-horário. Se amor envelhece ou amadurece, se os hormônios influenciam em decisões, se somos maiores que o corpo, o instinto. Se somos entregas e ventania. Se a aventura é boa companhia, se a ousadia quer mesmo dizer arriscar-se. Se as palavras permanecem ou são impermeáveis, como o tempo, o relógio sem ponteiros.

  

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Sopros ei


Afinarei meu sax em alguma estação de trem
Soprarei qualquer melodia
Na corda bamba
De alguma gaveta
Treinarei notas que ainda não sei

Estacionarei em alguma escola de samba
No pandeiro me retratarei
Dos sonhos que deixei
Soprarei do sul ao norte
Escadas que passei
No pé do passista
Algum chão encontrarei

Na maré mansa
Embarquei

quinta-feira, 14 de maio de 2015

E...


Fora do lugar
Lugar incomum
Do fantástico
Ao realismo
De temperos sutis
No forno,
Vulcões

Transborda
Transfere
Excita
Turbilhões

Foco
Desfoco
Outros prazeres
E miopias

Emoções....

segunda-feira, 27 de abril de 2015

POEMA QUASE INFANTIL

Como duas crianças
Após longas férias da escola
A mesma inocência
O abraço mais sincero
O sorriso mais puro,
A felicidade plena
O reencontro.

Voltou assim, na vida adulta,
Quebrando muros, gelos, inverno.
Tomando conta, aquecendo, transformando
Primavera!

Até parece romance, conto de fadas,
Ele pergunta “tem medo?”
Eu penso “medo”?
Coisa de gente grande,
Preocupada em não sentir nada.
Eu to criança!

Avante!
Loucura ou não,
Sensato e distante da razão,
Pra que pensar,
Se o coração pulsa.

Mas confesso, a pergunta
Mexeu nas estruturas
Por um instante
Me sinto adulta
Senti o coração esfriar
Um passo atrás ficar,
Ele teria medo?
E se eu me entregar?
Criança ficar
E ele “adultecer”?
Medo!

Se a idade me permite
Envelhecer, que o tempo
Me permita reencontrar
O desejo de se aventurar
Sem pensar nos calos e feridas que possam ficar 

Se a vida é uma escola,
Eu ando cansada de estudar,
Que toque o sinal,
É recreio,
Eu quero brincar!

Medo é coisa de jogador,
Melhor nem jogar.
Se é pra perder ou ganhar,
Prefiro bons amigos,
Um carteado,

Canastra, ou truco.
Flor, vale quatro, retruco,
Em verso em prosa, a risada,
A amizade que nada cobra.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Trégua



Escrever sem ódio já foi permitido

Escrever com ódio já foi vivido

Com paixão, com amor, sem amor, sem paixão, desilusão.

Já cansei desse velho sentir

Olhar nostálgico e senil

Um brinde, logo é ano novo!

Sem mais ciscos,

Depois das gavetas,

Consigo ver

Esqueci de agradecer

O lápis e papel que tua ausência me presenteou

Sem mais dores, rancores, apenas aquele sorriso cúmplice

Você queria ajudar e ajudou,

Já posso dizer que o amor me tocou e passou

E o meu luto

Teve muito vinho tinto,

Caneta vermelha

Prometi todas vinganças

Derramei sangue em livros,

Fiz da música meu lugar de dormir,

Entrei para mar,

Virei seria,

Me esqueci de mim,

Só via conchas e dor,

Sambei o amor

Morri em cada rima,

Nenhuma alma sã

Entendeu,

Exceto eu

Já não acredito que mereças ler tal poesia

Enxergo os erros meus

E numa manhã quase cinza

A juventude imatura,

A dor que também provoquei

Te desafiei, eu sei

Super-heróis, eu vinguei

Do cinema mudo, ao teatro absurdo,

Suei, suamos e nos entregamos

Tua terra

Eu lua

Embriaguei-me de saudade

Acordei,

Nua, tua

Distante de mim,

Distante de nós,

Mas levantei,


Eu ainda era nós. 

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

AMANHECER SÃ























Toda noite que viro escrevendo,
Visto roupas de diferentes tempos,
Das almas que habitei,
Das almas que me habitaram

Toda noite que viro escrevendo,
Enlouqueço, derramo lágrimas e risos
Chego ao meu ápice,
Transformo Deus em poesia,
Esse Deus do luto, do pecado,
Trágico,
Mato, firo,
Condeno,
Me transformo,
Sou rainha, bruxa, feminista,
Danço com meus demônios,
Ensaio a valsa,
Do alto da curva,
Lanç0-me,

Eu piro, surto,
Escrevo,
Diante do meu espelho,
Dispo-me da cultura,
Da história já escrita,
Reescrevo meu reflexo,
Livre,
Amanheço alma,

Amanheço sã.   

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Avalanche


Melina Guterres - 07/05/2014  
Musicando o post anterior

Melhor sentar na beira do mar
E passar a vida a sonhar
Melhor sentar na beira do mar
E passar a vida a sonhar

Se você não tem coragem não vêm...
Se você não é forte não vêm...
Meu bem...
Amor é inverno, é verão,
É primavera, outono, vulcão....

É arriscar-se, é perder-se, é achar-se..
Amor é multidão
Amor é solidão
É como estar no palco
Sem saber o próximo ato,
É improvisação

Se você não tem coragem não vêm...
Se você não é forte não vêm...
Meu bem...
Amor é inverno, é verão,
É primavera, outono, vulcão....
Amor é inverno, é verão,
É primavera, outono, vulcão....

Meu bem
O amor se joga, não perde tempo
Ele se entrega, não faz esforço...
Melhor sentar na beira do mar
E passar a vida a sonhar
...Se você não quer amar...

Se não tem coragem, não vêm...
Se não é forte, não vêm...

Deixe morrer seus velhos vícios,
Permita-se transformar
Amar é nascer de novo.
Amar é pra quem é forte e corajoso.

Se você não tem coragem, não vem...

Amor segue seu destino
Como o rio que se encontra no mar
Azuis, doce, salgado, gêmeos....
Sem medo de somar...amar...

domingo, 4 de maio de 2014

medo....




Sobre o amor, só uma coisa se não for como uma avalanche, que vem e destrói tudo pra reconstruir tudo novo, melhor sentar na beira do mar e passar a vida a sonhar com a possibilidade de amar.
Amor é inverno, é verão, é primavera, outono, vulcão. Amar é seguir na corda banda da incerteza, é tentar dançar entre espinhos, é saber que a beleza da rosa compensa. Amar é estar no céu, estar no inferno é transitar entre todos os mundos. É arriscar-se, é perder-se, achar-se. É multidão, é solidão. É como estar no palco sem saber o próximo ato, é improvisação. É dar o melhor de si e saber que sempre será insuficiente, porque o amor cobra crescimento, ele evolui. O amor se joga, não perde tempo, ele se entrega como o rio e seu destino e pressa de chegar ao mar. É sentir um ataque cardíaco, um sufocar, um incompreender, é chorar, tentar compensar, escrever... É um não se reconhecer, é perceber-se diferente, é deixar morrer os velhos vícios de pensar, é permitir-se transformar. Amar é nascer de novo. Amar é para os fortes e corajosos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

trabalho

Esse trabalho que me deu o dia
E tirou as minhas noites de poesia
Minha palavra escrita...
Ficou adormecida
Fora de fuso,
Ela só vem na calada da madrugada
No silêncio da noite,
Na ausência do toque do telefone...
Enquanto outros dormem
Ela desperta
Amanhece...
Nasce com o sol

Incompleta ficou,
é necessário dormir....

segunda-feira, 11 de abril de 2011

nada



pode ser a idade
pode ser a experiência
pode ser o cotidiano
meus dedos se calaram

pode ser que seja eu ou os outros
pode ser tudo e nada
posso estar é cheia do nada
de ver tanto nada em tanta gente

de que adianta as palavras?

ausente



Andei ausente das palavras
talvez descrente
parece perfumaria

não há verdade
nem sentido
tudo parece mera fantasia

se é pra ser ludico
que seja o meu silencio profundo
e minha poesia curta

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PONTES

Descobri que existem seres
Que não estão em seu "habitat"
E que os que estão jamais o deixarão
Descobri que existem pessoas que não estão em nenhum
Estas são as agregadoras

domingo, 22 de agosto de 2010

noite...

pensamentos vagos,
tortos,
distorcidos,
destemidos,
insônia coletiva,
ansiedade,
inquietude ...
em busca... busca de respostas significativas
pra o que está além de qualquer quarto....
insônia...anoiteceu...
ontem era dia e a palavra menos perdida,
virgem talvez... na noite ela vibra!
...o...sono escorre...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CONTIDO

Engraçado te ver assim
De meio sorriso
Menino contido
Maroto perdido
Sério marido
Cadê o largo sorriso?
Só no olhar perdido
Pela mão em mão
Pedia ajuda
Pedia a infância
Ele me via e ria
Contido

quinta-feira, 8 de abril de 2010

TOLOS

 I
Do céu vem pedras
No chão há pedras
Paredes, muros, palavras...
Mãos..
Que venham as pedras...
Mas cuidado com o louco,
Este insiste em jogar flores,
Mais cuidado com o mago,
Tão perigoso quanto,
É alquimista,
Transforma flores em sementes
Mas recolham suas pedras
Quando cruzarem com os ingênuos,
Filhos de magos e loucos,
Estes geram frutos...
Não sejamos tolos,
Eles não acreditam em pedras...

 II
E estão cercados de bons e maus administradores
Que asseguram sua proteção,
Os bons enfrentam tempestades
Os maus deixam estragar uma colheita
Mas...
Filhos de loucos com magos, não se cansam de plantar,
Ingênuos, são na essência,
unicamente coração, por isso dão frutos, não pedras

 III
Lobos e leões
Os cercam,
Um vento forte surge,
Em silêncio se despedem os tolos
A tempestade se aproxima
O fruto vinga
Leões e lobos o devoram
O ingênuo?
Foi plantar em outra terra
Mais preparado
Mais próspera
Sem animais,
Ele aprendeu
A fazer a cerca.

 IV
E os tolos
Defendem-se através de palavras
Os ingênuos nada falam
Bastam em suas mãos os calos
Nas vestes sementes
Só o cego não vê,
Mas este tem o tato
Do discurso está fadado
Ele sente

 V
Num suspiro, aliviado (após tantas vozes)
O cego pede silêncio e questiona:
E tu ingênuo, o que tens a dizer?
Ele então responde: Pudera voltar acreditar no que um dia ouvi e abracei.
Mas? – pergunta o cego
- Não acredito em discursos!

 VI
Um silêncio toma conta
Do lugarejo
Os tolos se retiraram com suas pedras
Os animais desistiram de esbarrar na cerca do novo plantio
E o cego foi levado a casa
Pelo ingênuo

 VII
O povo se reune
O ingênuo não era ingênuo
Quem era este então?
Um louco responde: O cidadão!
Como ninguém acredita em loucos...
Pedras no louco...

 VIII
O cego ao ouvir o barulho,
Perguntou: O que jogam no louco?
Pedras – respondem
E o que ele joga? Flores
Por que cego? – pergunta algum tolo
Alcancem-me as flores, pois devo estar louco
Mas ninguém joga pedras num cego – insiste o tolo
Ele então responde: Prefiro as pedras à cegueira.
O tolo, então, pronuncia: Cuidado com o cidadão!!!
Este é altamente perigoso,
Acaba de dar ao cego,
A visão!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Inimigos


Cansei de ler
De tentar entender
O que parece certo
Ou errado
Existe?
Me diga
Há resposta?

Então não diga
Não fale nada
Deixe que me viro
E não despreze o meu caminho
Pois você pode se surpreender no final
Ou não....
Talvez você tenha razão
Talvez eu seja só mais um alguém
Um Zé ninguém
Nesse mundo vão
Que no fundo nem Zé nem “bé” é em vão
Ou seja,
Jamais me diga que sou inútil
Pois onde quer que eu esteja
Da forma que seu seja
Eu existo
E isso no mundo de alguns
Já faz diferença

Gostou?
Ta com medo?
Quem é você?
Apenas alguém no meu mundo?
Alguém que te escuta?
Que me engana...

Agora eu vejo você
E aqui estas chorando em lágrimas
Pois nada tens
E nem ninguém
Se não eu...
A quem culpa
Te escuta
E te perdoa

Dói?
Também dói algo em mim
Mas eu não sei explicar
Se foi só você quem criou
Não, não vou entrar no teu mundo depressivo
No teu limbo
Na tua vingança
Do teu desamor

Prefiro o Cristo de braços abertos sob a Guanabara
E como ele, meus braços estão
Se quiser um aconchego
Te consolo
Deite nos meus braços
Eu enxugarei as tuas lágrimas

E eu e tu, meu dito inimigo...
Estaremos livres..
De nós..

domingo, 15 de novembro de 2009

"Gente que não tem amor"


Não sou poesia
Não sou mais menina
Nem sei em que lua estou
Virei onça

Não há mais uma canção
Que me diga
Não há melodia
Nada há para descrever
Meus dias

Silêncio
Preciso pensar
Criar o meu som
Seria parecido com o barulho que faz um pássaro?
Ou quem sabe um tigre, leão, cobra, mosquito?
Acho que preciso rever
Os bichos que habitam em mim
E será que habitam?

Gosto da dúvida,
Isso é fato
O ponto de interrogação
É uma arma,
Adoro

Não sou muito de praia não
Sol forte, queimar só pra ficar bonita...
Se tivesse dinheiro faria bronzeamento artificial
Como não tenho, nem gosto de areia,
Continuo branca
Como a lua...

Ah a lua...
Estrelas..
Prefiro o céu da noite
Preto e branco

Pera aí...
Acho que a música voltou...
Tô conseguindo ouvir..
voltou e tocou...

Ela diz:
"Não quero mais conversa com gente que não tem amor
Gente certa é gente aberta..."



--

música e letra in:

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

63. OBJETIVO DE UMA FLOR...NOVO TEMPO


Uma flor
Nasce
Depois de muito esperar

Veio ao mundo
Enfeitar
Encantar...

Uma nova flor
Uma nova cor
Em um novo tempo

Um novo
Perfume
Esparrama-se

Uma nova vida
Estás a brotar...
A se multiplicar
Fortalecer...

Virar paisagem
De um paraíso
Que se faz
Ao tom da música,
Sensibilidade do olhar,
Leve tocar....

A vida carrega
No trem
Seus brotos
Novas terras
Precisas fazer germinar

Encantar...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

62. DÓI



dói
não saber
ainda o querer
o não poder
o pensar

dói
a distancia...
do toque
do olhar
falar

dói
recordar...
o que foi bom
e se foi...

sábado, 5 de setembro de 2009

61. PESARES


Somos mulheres
Somos podadas
Somos mutiladas
Somos oprimidas
Somos questionadas
Somos reinventas
Somos objetos de consumo
De desejo, de sexo...
Somos duvidadas
Nossos atos pesam mais
Porque esse pesar?

domingo, 23 de agosto de 2009

60. MÃO LIVRE


Mão livre do escritor
Aprisionado
Tentado se libertar
Do sentimentos
Que ele mesmo construiu

Mão livre
Alma livre
Aprisionada
Em si mesmo
Solidão

Mão livre
Encontra a chave
Força pede a passagem
A porta precisa abrir

segunda-feira, 29 de junho de 2009

59. ESTRELAS NOSSAS


Esbraveja o artista
Puto da vida
Vira bixo-homem
A dor é grande
Não cabe no peito
E nem em mais um copo,
Pedaço de corpo

Sente tudo dobrado
Deita no meu colo
Mais uma criança
Que não sabe
A força que tem
Chora...
Também sou assim,
Meu bem

Feliz é aquele
Que não carrega
Estrelas
Em si

58. DE CABEÇA BAIXA


Segue na floresta
a mulher
nas sombras das árvores
busca...
entre pedras e riachos
a imagem
de si mesmo
não sabe,
não se encontra
abaixo
mas no azul
imenso
do céu...
quantas vezes
olhou para cima?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

57. AMOR INCONDICIONAL


Foram sorrisos
Foram alegrias
Foi um tempo vivido
Com paixão
Com amor
Com coragem
Com vida

Uma alma cruzou
O meu caminho
Me escolheu
Protegeu
E trouxe-me
Um espelho

Uma alma cruzou
O meu destino
E percebeu o que me
Fazia ter brilho no olhar

Uma alma
Acreditou em mim
Por ela me apeguei
Mandou-me seguir
Lutar...
Dizia que meus...
Sonhos eram bonitos
Demais para somente a ela
Encantar...

Uma alma
Viu minha alma
Sabia mais eu
Que sempre estive de partida
Que era essencial
Lembrar-me da
Necessidade de voar

Uma alma
Me fez ver
Me fez crer
Me abriu asas

Uma alma cruzou
O meu caminho
Conduziu-me
Já posso
Reconhecer-me
No espelho

Uma alma
Me tocou
Me fez sofrer...
Por perceber
Que apenas cruzou
Para em mim acreditar

Uma alma cruzou
O meu caminho
Fez-me feliz
E seguiu...

Dói aprender a voar...

Uma alma,
Amo e me ama incondicionalmente!
De uma alma,
A vida me separa...

Uma alma,
Carrego no meu olhar...


P.S:
Puta que pariu!!!! por que tem que ser só no olhar???
Caminhos...
Enfim...
Deus quer também que eu desvende o mistério da vida?
Olha...
Por enquanto descobrir o amor condicional já tá de bom tamanho!



Poesia dedicada a Ricardo S. W.

56. DOR


Desaba no papel
As lágrimas de
Um coração partido

Desaba no papel
A desesperança
E a liberdade
De um novo
Caminho...destino

Sofre o coração do
Homem que fica
Daquele que vai
Sobre as águas
De um bem maior

Socorro pede
Para não se afogar
Na dor...desse mar de vida

sábado, 16 de maio de 2009

55. SABOTAGEM


Auto
Destrutivo
É o teatro
Adormecido
É a força
Não impregnada
É a esperança
Desacredita
O tempo
Mal utilizado
O amor
Pela metade
O esforço
Em vão
O riso
Forçado
A lágrima
Freqüente
O medo
Da morte
E a vontade
De renascer
Pulsante

Triste começo
Sem fim

Desespero
Que brota
Desanimo
Que chora
Fica a piada
Falha
Do palhaço
Infantil

1/05/2009