terça-feira, 28 de novembro de 2017
Poesia: AVALANCHE
AVALANCHE
Meu bem...
Amor é inverno, é verão,
É primavera, outono,
Amor é vulcão....
É pra quem se perde,
É pra quem se acha,
É pra quem se arrisca
Amor é multidão,
Amor é solidão,
É como estar no palco
Sem saber o próximo ato,
É improvisação
O amor se joga,
Não perde tempo
Não mede esforço...
Melhor sentar na beira do mar
E passar a vida a sonhar
...Se você não quer amar...
Amor é como o rio quando se encontra no mar
Azul, salgado, doce
Sem medo de somar...
Sem medo de amar...
O amor é pra quem é forte,
É pra quem é corajoso,
Se você não tem coragem,
Não vêm,
Se você não é forte,
Não vêm
- Melina Guterres -
#PoesiacomMel #Poesia #Avalanche
Autoria e interpretação: Melina Guterres
Produção: Multiversos
Imagens: Marina Decourt
Preparação: Herberth Vital
Local: Mansão Café com Leite - São Paulo - SP
Ano: junho de 2017
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Vulcania
O vento sopra
Na janela da sala
O rádio toca música velha
na vitrola renovada
A Flor dorme ao lado
das minhas pernas cruzadas
O teclado corre nas veias
e me explora
me expõe
entrega
esquece
silencia
afaga
afoga
e voa com
o vento
que sopra
lá fora..
e dentro..
vulcania
segunda-feira, 26 de junho de 2017
vento norte
Dessa romaria,
uma oração
Nuvens e pedras
nos pés
descalços
desse mundo vasto
a criança
não aprendeu a se vestir
tampouco se proteger
enfrentou tempestades
se recusando a um guarda-chuva
tem o sorriso largo
para a o vento norte
faça chuva,
faça sol
vai sempre sobreviver
quarta-feira, 31 de maio de 2017
Nasce
Nascia no quarto
No velho diário
Nas páginas rosas
O primeiro de criança
A caneta de cor azul
Tinha coração na ponta,
Que batia no pulso feito
Tic-Tac,
Tinha som,
Som de caneta
que toca o papel,
A dúvida era dos "s" e "c"
Aprendia escrever
E de lá pra cá,
a alma só nasceu
em cada rima,
em cada linha,
em cada conclusão,
em cada dúvida,
estranhamento.
Não importa
a cor da alma
A palavra
sempre nasce,
terça-feira, 23 de maio de 2017
De pés descalços
Eis que na calada
Da madruga
Uma voz doce
Um toque gentil
Um anjo alado
Despertou em mim
O que de bom estava guardado
Vi cair velhos cacos
Latarias e ferrugens
Vi o ferro velho
Desmoronar
E por debaixo dele
Pude ver
Só havia luz
Ao sentir
Ao amar sem pensar
Não haviam soldados
Naquela clarera
Não havia guerra
Só desejo, entregas
Sem calos
Sem cadarços amarrados
Sem cobraça, sem fiasco,
Só afeto ali inventado
De tanto "sem"
Um caloroso abraço
Nenhum cofre
Conscientemente
Compraria
A luz que ali se fazia
Nenhuma alma latente
Nenhuma sobrevida
Nehuma aguardente
Nenhum medo
Nehuma fantasia
Estragava o presente
Que acontecia
Gentil
Sem cadarços
Descia
Abria a porta
Eu subia...
De pés descalços
domingo, 21 de maio de 2017
E agora José?
A bateria acabou
O carregador pra fora ficou
A luz não voltou
O povo dormiu
A vela apagou
O tablet estragou
O note pifou
O pc o técnico levou
O que vai ser do face e instagram?
Twitter e Youtube?
Blog, site, linkedin..
Já que a maresia a tudo levou
Vou deixar ela me levar
Cadê o azul do mar que oxalá
Mandou buscar?
Eu ei de me instalar
Entre as pétalas e as pedras
Do fundo do Amar
sábado, 20 de maio de 2017
Beijo amarrado
Meu caminho cruzou com teu
Num quadro bem pintado e outro devastado
Meu lábio tocou o teu
E a tempestade veio
Feito monumento
Não houve sol que vingasse
Exceto meu desejo
Amarrado ao teu
Feito cão e gato
E arame farpado
Doce ou amargo
Ah..Quem dera outro
Beijo teu
quarta-feira, 3 de maio de 2017
Alívio
E na calada da noite
No silêncio da madrugada
A garganta arranhada
Pedia alívio
Um carro passa
Um luz se apaga
Outras tantas acendem
O olho fecha
A boca engasga
Ainda tem teia
Um carro passa
O peito geme
O olho chora
A coberta abafa
O calor conforta
Os sem braços
E na rua o lastro
Da saudade
Demolida
Numa feira
Não vivida
Na cena não escrita
Na fantasia que não vinga
E amanhecia
Ela mentia
E ria
Como quem pária
A pátria adormecida
quinta-feira, 9 de março de 2017
A um amigo... Abismos
E caíras nas mesmas mentiras que já te destes.
E dormirá ao relento com teus sonhos despadaços.
Se te permiteres escutar, talvez a canção possa curá-lo. E com ela virão outras tantas que te elevarão a saída do abismo que te aprofundastes.
E diante do sol te estenderei o braço, te ensinarei a sobrevoar abismos.
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
Um cisco
Tem um cisco no olho do retrato
Tem um olhar quadrado
Tem uma louça no quarto errado
Tem grades e limão
Tem chão sem noção
Tem aparador sem rompantes
Tem um véu de veludo
Tem uma verdade negada
Uma dor camuflada
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Flor de aço
Eu não tinha poesia
Eu via tudo
Fantasia
E do céu de mim mesma
Uma pedra
De aço
Em flor
Capaz de derrubar muros
Com perfumes
Transportar
Montanha de sul a norte
Quem achou que era frágil
Se enganou
A flor de aço
Germinou
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
O velho palhaço
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
MásCara
Não há o que me invade
Há o que visto
Máscaras coloridas
Verdes
Sem cor.
Silenciosas ,
Estéricas
Como a maré
Dos meus afetos
A superfície perdi
na música,
no teatro,
na arte
que não
habitou
em mim
Personagens
Infantis,
No tempo,
No ponteiro,
Entre pesos,
Medidas
De ventos
Encontros?
(participação conjunta. *convidada pela autora do blog)
Sob as Três Marias
Transborda a alma
Derrama a primavera
Somos muitos e tantos outros,
Somos nós, laços, fitas.
Somos a palavra, a estrada,
e a sina.
Nosso destino,
hoje, agora
A lua é cheia
O dia de Oxum
No palco,
na roda,
no fogo de chão.
Do céu à terra,
Há magia
Transpira a poesia.
(Em uma roda de fogo da Estância Santa Alice)
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Fé?
Entre música
Entre vidas
Entre vinda,
Entre nós,
O tempo
Entre nós,
Desejo
Entre nós,
Anseio
Entre nós...
Soluços, escuros,
Imundos,
Outras velharias
Entre nós,
Verdades, mentiras
Socorros e saídas
Hospitais
Duas almas,
E um terço..
Cadê a nossa fé?
domingo, 21 de agosto de 2016
Serenar
Cabeça de vento
Me carrega para os ares
Do mar onde a brisa é
Mais leve e o pensamento
Mais livre
Sou um polvo
Aprisionado
Na sala quadrada
De uma aula ultrapassada
Meus tentáculos
Quebram as paredes
Nem um tijolo conservador
Restará nessa estrutura
Pequena demais pra mim
Que cresço feito
Um bom roteiro de animação
Corpo de vento
Com maestria
Rege essa sinfonia
Da destruição
Que sejam altas as notas
Pra que não se criem
Novos muros
E numa comunidade
Mais circular
Exista amor de verdade
Não tão teórico
Mas prático
Como a liberdade
E que não se confuda
Com romance
Os apaixonados
Que se alcancem
Eis brisa do mar
Me sereno
Com teu tocar
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Inteira
Foto da autora: Melina Guterres |
terça-feira, 19 de julho de 2016
Águias
E numa luz
Da meia-noite
E num estado ruim
E na mesma rua
Do velho passado
E na hora que insiste
Que o ponteiro não gire,
Não mude, não grite
Arranca-lhe
O tempo
É ele se dissolve em mar
Num breve segundo de amar
Sal e bolhas
Que cicatrizam
Dores ao ventos
Que se recolham
Feito
Hora de dormir
E amanheça
Sã
Dignas de novos tempos
Águias
quinta-feira, 14 de julho de 2016
SEM SENTIDO
segunda-feira, 20 de junho de 2016
Andorar
Tenho uma aventura
amarrada no cadarço
do meu salto alto
Pedras não suportam
o peso de mi alma
viram areia e amaciam
o andar
Pelo trilhos
voo com o trem
e levito como
o mendigo que de tudo se desfez
Pareço torta,
levo o velho rock na escuta,
toco minha gaita de boca imaginária
escrevo sobre doentes a duendes
tenho um lado escravo
um passado de luta e preguiça
tenho uma meia carteira
cartas a serem enviadas
personagens a escrever
histórias a contar e outras a criar
tenho um saco do tamanho da minha gaveta
e um cigarro de palha para não esquecer
que o campo é meu vizinho
a terra fria e seu inverno aquecido
a la lenha e chimarrão
tenho o voo da borboleta
em mãos
e desenho o mapa
de mi vida com
tinta óleo
crio cores e ventos
sou reflexo, espelhos
um balaio de fantasia
jogo pimenta
faço alquimia
saio livre
e parto do passado para o presente
com o voar das andorinhas...
domingo, 19 de junho de 2016
Escudos
sem trégua
sem romance
sem luz
sem amor
sem dor
sem nada
sem tudo
sem pouco
sem água
sem rosto
sem estrelas
sem lua
sem sol
só nuvens
só rosto estranhos
só amor de tropeços
sem zelo
sem cuidado
ao avessos
entre cortes
entre fortes
entre muros
espadas
escudos
Logo após a muralha,
o coração
A fenda
Recolhi velhos poemas
Resgatei camisetas velhas
Vesti uma toga
Segurei um canudo
Nele dizia "emoção"
E num velho túnel sem luz
Incendiei o meu orgulho
Assim via o caminho
Sem lentes ou outras
percepções de isqueiros
de terceiros.
Numa curva derrubei meu lenço
deixei para trás
doeu como quem se despende
do velho berço
E numa criança
sua boneca
o retrato do avesso
a velha à espera
o vento
a vida que passa
sem tropeços
só em finda
velocidade do tempo
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Manter a canção
Num súbito olhar
Engolia o mundo
Desafinava o tom
Andava
Com a mão no peito
Esquerda a de sempre
Sem realengos
Que tentaram fazer "direito"
E na curva sempre igual
Desviaram percussos
Não mantiveram a mão do lado esquerdo
Exceto no espelho
Igual a tantos que perderam o sonho,
Roubando a si mesmo
Não são infiéis,
Não sabem da fé...
Imitam para cristão vê,
Sem saber que "Deus" que é.
A rua,
E na quase esquina,
A batida de pé,
Cabelos brancos,
Um compasso maior
Uma curva musical
Uma esfera familiar
E a fidelidade
O tempo passava, amigos partiam
Ele em missão, pedia silêncio
A canção era pra ser ouvida.
Em seu bar, músicos e frequentadores vibravam na canção.
Sua begala, o tempo.
Quem entregou o corpo a nação, contava à multidão, a canção.
Em mil braços,
Poetas e escritores tornavam bela a canção.
a inspiração, entre películas
Produtores e cineastas
Mostravam a canção,
E o humor parecia sério,
O sorriso por um acorde,
Humoristas satirizavam a falta da canção.
A máscara caia no teatro
De quem o torna solo sagrado.
E nas redes, em teias,
E numa voz que se alimenta,
Atores, diretores encenavam a canção.
De alma vermelha,
Vivendo numa aldeia,
Lutando pela sobrevivência alheia,
Branco e índio
Cantavam a canção.
Liderando
Aos de 90 anos,
A umbandista,
Mantinha a canção
Nordeste
Sua vaidade era pequena,
Seus cabelos longos,
Sua Igreja de pé, seu passado, aprendizado,
A pastora orava a canção.
Norte
E com a vida nos braços,
O descontamento em laço,
Esbravejava aos homens, às mulheres da canção
Velho e o novo,
Passado, presente, futuro
Pegava o metrô,
PARA Jamais esquecer da canção
sexta-feira, 4 de março de 2016
Areias..
E tu que te jogaste pela janela com Frank Sinatra
E tu que venceu o ego e mordeu o cão da raiva
E tu que manteve a calma
E tu que ensaiaste
E tu que caiu de paraquedas
E tu que abriu asas
E tu que saiu do jogo
E tu que levou o fora,
Acordou?
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Poema do amanhã
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Selar a paz
Assinar no corpo e na alma
Um atestado de mente insana
Daquelas que amam demais
Além vidas
Do abraço Shiva
Dos mil braços
Poucos entenderiam
Se sacrificariam
Outros tantos
Com mentes tão insanas quanto
Já é natureza
Meus pés um rio
Nadam Ao céu
Terra e Ar
Cata-ventos
Mar Amar
Insano
terça-feira, 1 de setembro de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Fuga
Ensurdecedor
E a palavra não dita
E a mágoa passada
E a solidão optada
E a ventania
O sopro, o choro,
A barca
E o muro
Divide águas
Sem gosto
Sufoco
Oco
Fuga
Carne
Osso
E mágoas
Águas
Engarrafadas
Sem tampas
Para luz
Tocar
Apagar
A idade a pesar
A dúvida aquietar
O pano a soltar
Há paz
Há guerrear
Equilibrar
O medo
E o desgosto
De andar
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Poema de Domingo
Nasce o nome
Chove chuva
Águas que vão
No reflexo do espelho
Tempos
Anos ou meses
Chuva memórias
Casamentos
Dias noites
Lágrimas
De alegria e dor
Quem nasce da lua
Tem outra forma de encarar o amor
Telespectador
Telespectador
Telescópio
Memórias de infância
Queria ver a lua
Queria ver estrelas
Lua cheia
Tela cheia
Engolia o olhar
Barriga cheia
Comia a lua
Para sempre
Lembrar
Lembrar
Nostálgico
Meu nome
Sépia?
Fugaz
Relampaia
A noite
Flashbacks
Espasmos
Cansaço
Lembrar
Cansa
A alma
Lama
Encosta
No travesseiro
Travessias
Travessias
Capacidade de superar
Mudar
Transformar
Jogar a lataria fora
Minerar
Alquimias
Tudo menos ferro
Ferro dói
Ouro reluz
Prata talvez
Bronze imitação do outro
Diamante
Cristais
Pedras..
Preciso é de ar
Ar que transborda
Transborda
Uma pausa para levantar
Limpar as partes
Abrir a porta
Sentar
Dialogar
Escrever quem sabe
Andar
Pausa!
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Encaixoterrar*
Poesia de boca
deixa rouca
silencia
alma que grita
volumosas paredes
esquadros
outras artes
cores
nobre fantasia
Em esferas
sem esperas
traços
sem ruínas
escadas
Sem certezas
formas
sem réguas
redondas
magra
fome
sede
Caixões
enterros
mortos
levantar..
andar...
*Encaixoterrar: (criada pela autora)
encaixotar
enterrar
terra
Ar!
RespirAR
sábado, 6 de junho de 2015
OUTONOU-SE
Sem ponteiros
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Sopros ei
Afinarei meu sax em alguma estação de trem
Soprarei qualquer melodia
Na corda bamba
De alguma gaveta
Treinarei notas que ainda não sei
Estacionarei em alguma escola de samba
No pandeiro me retratarei
Dos sonhos que deixei
Soprarei do sul ao norte
Escadas que passei
No pé do passista
Algum chão encontrarei
Na maré mansa
Embarquei
quinta-feira, 14 de maio de 2015
E...
segunda-feira, 27 de abril de 2015
POEMA QUASE INFANTIL
Após longas férias da escola
A mesma inocência
O abraço mais sincero
O sorriso mais puro,
A felicidade plena
O reencontro.
Voltou assim, na vida adulta,
Quebrando muros, gelos, inverno.
Tomando conta, aquecendo, transformando
Primavera!
Até parece romance, conto de fadas,
Ele pergunta “tem medo?”
Eu penso “medo”?
Coisa de gente grande,
Preocupada em não sentir nada.
Eu to criança!
Avante!
Loucura ou não,
Sensato e distante da razão,
Pra que pensar,
Se o coração pulsa.
Mas confesso, a pergunta
Mexeu nas estruturas
Por um instante
Me sinto adulta
Senti o coração esfriar
Um passo atrás ficar,
Ele teria medo?
E se eu me entregar?
Criança ficar
E ele “adultecer”?
Medo!
Se a idade me permite
Envelhecer, que o tempo
Me permita reencontrar
O desejo de se aventurar
Sem pensar nos calos e feridas que possam ficar
Se a vida é uma escola,
Eu ando cansada de estudar,
Que toque o sinal,
É recreio,
Eu quero brincar!
Medo é coisa de jogador,
Melhor nem jogar.
Se é pra perder ou ganhar,
Prefiro bons amigos,
Um carteado,
Canastra, ou truco.
Flor, vale quatro, retruco,
Em verso em prosa, a risada,
A amizade que nada cobra.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Trégua
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
AMANHECER SÃ
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Avalanche
Melina Guterres - 07/05/2014
Sem medo de somar...amar...
domingo, 4 de maio de 2014
medo....
Sobre o amor, só uma coisa se não for como uma avalanche, que vem e destrói tudo pra reconstruir tudo novo, melhor sentar na beira do mar e passar a vida a sonhar com a possibilidade de amar.
Amor é inverno, é verão, é primavera, outono, vulcão. Amar é seguir na corda banda da incerteza, é tentar dançar entre espinhos, é saber que a beleza da rosa compensa. Amar é estar no céu, estar no inferno é transitar entre todos os mundos. É arriscar-se, é perder-se, achar-se. É multidão, é solidão. É como estar no palco sem saber o próximo ato, é improvisação. É dar o melhor de si e saber que sempre será insuficiente, porque o amor cobra crescimento, ele evolui. O amor se joga, não perde tempo, ele se entrega como o rio e seu destino e pressa de chegar ao mar. É sentir um ataque cardíaco, um sufocar, um incompreender, é chorar, tentar compensar, escrever... É um não se reconhecer, é perceber-se diferente, é deixar morrer os velhos vícios de pensar, é permitir-se transformar. Amar é nascer de novo. Amar é para os fortes e corajosos.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
trabalho
E tirou as minhas noites de poesia
Minha palavra escrita...
Ficou adormecida
Fora de fuso,
Ela só vem na calada da madrugada
No silêncio da noite,
Na ausência do toque do telefone...
Enquanto outros dormem
Ela desperta
Amanhece...
Nasce com o sol
Incompleta ficou,
é necessário dormir....
segunda-feira, 11 de abril de 2011
nada
ausente
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
PONTES
Que não estão em seu "habitat"
E que os que estão jamais o deixarão
Descobri que existem pessoas que não estão em nenhum
Estas são as agregadoras
domingo, 22 de agosto de 2010
noite...
tortos,
distorcidos,
destemidos,
insônia coletiva,
ansiedade,
inquietude ...
em busca... busca de respostas significativas
pra o que está além de qualquer quarto....
insônia...anoiteceu...
ontem era dia e a palavra menos perdida,
virgem talvez... na noite ela vibra!
...o...sono escorre...
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
CONTIDO
De meio sorriso
Menino contido
Maroto perdido
Sério marido
Cadê o largo sorriso?
Só no olhar perdido
Pela mão em mão
Pedia ajuda
Pedia a infância
Ele me via e ria
Contido
quinta-feira, 8 de abril de 2010
TOLOS
Do céu vem pedras
No chão há pedras
Paredes, muros, palavras...
Mãos..
Que venham as pedras...
Mas cuidado com o louco,
Este insiste em jogar flores,
Mais cuidado com o mago,
Tão perigoso quanto,
É alquimista,
Transforma flores em sementes
Mas recolham suas pedras
Quando cruzarem com os ingênuos,
Filhos de magos e loucos,
Estes geram frutos...
Não sejamos tolos,
Eles não acreditam em pedras...
II
E estão cercados de bons e maus administradores
Que asseguram sua proteção,
Os bons enfrentam tempestades
Os maus deixam estragar uma colheita
Mas...
Filhos de loucos com magos, não se cansam de plantar,
Ingênuos, são na essência,
unicamente coração, por isso dão frutos, não pedras
III
Lobos e leões
Os cercam,
Um vento forte surge,
Em silêncio se despedem os tolos
A tempestade se aproxima
O fruto vinga
Leões e lobos o devoram
O ingênuo?
Foi plantar em outra terra
Mais preparado
Mais próspera
Sem animais,
Ele aprendeu
A fazer a cerca.
IV
E os tolos
Defendem-se através de palavras
Os ingênuos nada falam
Bastam em suas mãos os calos
Nas vestes sementes
Só o cego não vê,
Mas este tem o tato
Do discurso está fadado
Ele sente
V
Num suspiro, aliviado (após tantas vozes)
O cego pede silêncio e questiona:
E tu ingênuo, o que tens a dizer?
Ele então responde: Pudera voltar acreditar no que um dia ouvi e abracei.
Mas? – pergunta o cego
- Não acredito em discursos!
VI
Um silêncio toma conta
Do lugarejo
Os tolos se retiraram com suas pedras
Os animais desistiram de esbarrar na cerca do novo plantio
E o cego foi levado a casa
Pelo ingênuo
VII
O povo se reune
O ingênuo não era ingênuo
Quem era este então?
Um louco responde: O cidadão!
Como ninguém acredita em loucos...
Pedras no louco...
VIII
O cego ao ouvir o barulho,
Perguntou: O que jogam no louco?
Pedras – respondem
E o que ele joga? Flores
Por que cego? – pergunta algum tolo
Alcancem-me as flores, pois devo estar louco
Mas ninguém joga pedras num cego – insiste o tolo
Ele então responde: Prefiro as pedras à cegueira.
O tolo, então, pronuncia: Cuidado com o cidadão!!!
Este é altamente perigoso,
Acaba de dar ao cego,
A visão!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Inimigos
De tentar entender
O que parece certo
Ou errado
Existe?
Me diga
Há resposta?
Então não diga
Não fale nada
Deixe que me viro
E não despreze o meu caminho
Pois você pode se surpreender no final
Ou não....
Talvez você tenha razão
Talvez eu seja só mais um alguém
Um Zé ninguém
Nesse mundo vão
Que no fundo nem Zé nem “bé” é em vão
Ou seja,
Jamais me diga que sou inútil
Pois onde quer que eu esteja
Da forma que seu seja
Eu existo
E isso no mundo de alguns
Já faz diferença
Gostou?
Ta com medo?
Quem é você?
Apenas alguém no meu mundo?
Alguém que te escuta?
Que me engana...
Agora eu vejo você
E aqui estas chorando em lágrimas
Pois nada tens
E nem ninguém
Se não eu...
A quem culpa
Te escuta
E te perdoa
Dói?
Também dói algo em mim
Mas eu não sei explicar
Se foi só você quem criou
Não, não vou entrar no teu mundo depressivo
No teu limbo
Na tua vingança
Do teu desamor
Prefiro o Cristo de braços abertos sob a Guanabara
E como ele, meus braços estão
Se quiser um aconchego
Te consolo
Deite nos meus braços
Eu enxugarei as tuas lágrimas
E eu e tu, meu dito inimigo...
Estaremos livres..
De nós..
domingo, 15 de novembro de 2009
"Gente que não tem amor"
Não sou mais menina
Nem sei em que lua estou
Virei onça
Não há mais uma canção
Que me diga
Não há melodia
Nada há para descrever
Meus dias
Silêncio
Preciso pensar
Criar o meu som
Seria parecido com o barulho que faz um pássaro?
Ou quem sabe um tigre, leão, cobra, mosquito?
Acho que preciso rever
Os bichos que habitam em mim
E será que habitam?
Gosto da dúvida,
Isso é fato
O ponto de interrogação
É uma arma,
Adoro
Não sou muito de praia não
Sol forte, queimar só pra ficar bonita...
Se tivesse dinheiro faria bronzeamento artificial
Como não tenho, nem gosto de areia,
Continuo branca
Como a lua...
Ah a lua...
Estrelas..
Prefiro o céu da noite
Preto e branco
Pera aí...
Acho que a música voltou...
Tô conseguindo ouvir..
voltou e tocou...
Ela diz:
"Não quero mais conversa com gente que não tem amor
Gente certa é gente aberta..."
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
63. OBJETIVO DE UMA FLOR...NOVO TEMPO
Nasce
Depois de muito esperar
Veio ao mundo
Enfeitar
Encantar...
Uma nova flor
Uma nova cor
Em um novo tempo
Um novo
Perfume
Esparrama-se
Uma nova vida
Estás a brotar...
A se multiplicar
Fortalecer...
Virar paisagem
De um paraíso
Que se faz
Ao tom da música,
Sensibilidade do olhar,
Leve tocar....
A vida carrega
No trem
Seus brotos
Novas terras
Precisas fazer germinar
Encantar...
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
62. DÓI
sábado, 5 de setembro de 2009
61. PESARES
domingo, 23 de agosto de 2009
60. MÃO LIVRE
segunda-feira, 29 de junho de 2009
59. ESTRELAS NOSSAS
58. DE CABEÇA BAIXA
sexta-feira, 29 de maio de 2009
57. AMOR INCONDICIONAL
Foram alegrias
Foi um tempo vivido
Com paixão
Com amor
Com coragem
Com vida
Uma alma cruzou
O meu caminho
Me escolheu
Protegeu
E trouxe-me
Um espelho
Uma alma cruzou
O meu destino
E percebeu o que me
Fazia ter brilho no olhar
Uma alma
Acreditou em mim
Por ela me apeguei
Mandou-me seguir
Lutar...
Dizia que meus...
Sonhos eram bonitos
Demais para somente a ela
Encantar...
Uma alma
Viu minha alma
Sabia mais eu
Que sempre estive de partida
Que era essencial
Lembrar-me da
Necessidade de voar
Uma alma
Me fez ver
Me fez crer
Me abriu asas
Uma alma cruzou
O meu caminho
Conduziu-me
Já posso
Reconhecer-me
No espelho
Uma alma
Me tocou
Me fez sofrer...
Por perceber
Que apenas cruzou
Para em mim acreditar
Uma alma cruzou
O meu caminho
Fez-me feliz
E seguiu...
Dói aprender a voar...
Uma alma,
Amo e me ama incondicionalmente!
De uma alma,
A vida me separa...
Uma alma,
Carrego no meu olhar...
P.S:
Puta que pariu!!!! por que tem que ser só no olhar???
Caminhos...
Enfim...
Deus quer também que eu desvende o mistério da vida?
Olha...
Por enquanto descobrir o amor condicional já tá de bom tamanho!
Poesia dedicada a Ricardo S. W.
56. DOR
sábado, 16 de maio de 2009
55. SABOTAGEM
Destrutivo
É o teatro
Adormecido
É a força
Não impregnada
É a esperança
Desacredita
O tempo
Mal utilizado
O amor
Pela metade
O esforço
Em vão
O riso
Forçado
A lágrima
Freqüente
O medo
Da morte
E a vontade
De renascer
Pulsante
Triste começo
Sem fim
Desespero
Que brota
Desanimo
Que chora
Fica a piada
Falha
Do palhaço
Infantil
1/05/2009