segunda-feira, 20 de junho de 2016

Andorar


Tenho uma aventura
amarrada no cadarço
do meu salto alto
Pedras não suportam
o peso de mi alma
viram areia e amaciam
o andar
Pelo trilhos
voo com o trem
e levito como
o mendigo que de tudo se desfez
Pareço torta,
levo o velho rock na escuta,
toco minha gaita de boca imaginária
escrevo sobre doentes a duendes
tenho um lado escravo
um passado de luta e preguiça
tenho uma meia carteira
cartas a serem enviadas
personagens a escrever
histórias a contar e outras a criar
tenho um saco do tamanho da minha gaveta
e um cigarro de palha para não esquecer
que o campo é meu vizinho
a terra fria e seu inverno aquecido
a la lenha e chimarrão
tenho o voo da borboleta
em mãos
e desenho o mapa
de mi vida com
tinta óleo
crio cores e ventos
sou reflexo, espelhos
um balaio de fantasia
jogo pimenta
faço alquimia
saio livre
e parto do passado para o presente
com o voar das andorinhas...

3 comentários:

Luiz Alberto disse...

Como dizer... Amei tanto o poema,logo da primeira vez, que,na segunda o fiz em voz alta para que me ouvisse a amiga que viaja comigo. Aumenta o prazer da viagem.

Luiz Alberto disse...

Como dizer... Amei tanto o poema,logo da primeira vez, que,na segunda o fiz em voz alta para que me ouvisse a amiga que viaja comigo. Aumenta o prazer da viagem.

melina disse...

Que lindo!!!! Obrigada!!!!!!!!!!