quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O velho palhaço


E numa velha palavra
Num boteco de esquina
O palhaço catava 
Palavras
De trás do cabelo,
Puxava 
Melodia

Na rima não dita,
Do bilhete não enviado,
Do caderno do menino,
Rabiscava 
Poesia


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

MásCara



Melina Guterres e Tatiane Trindade*

Não há o que me invade
Há o que visto
Máscaras coloridas
Verdes
Sem cor.

Silenciosas ,
Estéricas
Como a maré
Dos meus afetos

A superfície perdi
na música,
no teatro,
na arte
que não
habitou
em mim

Personagens
Infantis,
No tempo,
No ponteiro,

Entre pesos,
Medidas
De ventos
Encontros?


(participação conjunta. *convidada pela autora do blog)


Eu e minha poesia



Sob as Três Marias

Atravessa o tempo
Transborda a alma
Derrama a primavera

Somos muitos e tantos outros,
Somos nós, laços, fitas.
Somos a palavra, a estrada,
e a sina.

Nosso destino,
hoje, agora
A lua é cheia
O dia de Oxum
No palco,
na roda,
no fogo de chão.

Do céu à terra,
Há magia
Transpira a poesia.


(Em uma roda de fogo da Estância Santa Alice)